
NÓDULOS E CISTOS RENAIS
O surgimento de um nódulo ou um cisto no rim é algo que pode gerar ansiedade e levantar vários questionamentos no paciente: "Tenho um tumor? É câncer? Preciso de mais investigações?"
A grande maioria dos nódulos e cistos de rim é descoberta de forma incidental, por meio de exames de imagem realizados por outros motivos, como tomografias, ressonâncias ou ultrassons. Como esses exames estão sendo cada vez mais realizados, a descoberta ocasional de nódulos e cistos nos rins também tem aumentado. Como são descobertos em fase muito inicial, as chances de tratamento e cura de eventuais lesões malignas são muito altas. Dados indicam que até 10% dos pacientes que fazem exames de imagem por outros motivos apresentam cistos renais e 1-2% apresentam nódulos renais que necessitam de avaliação com especialista.
O Dr. Hugo Octaviano, urologista, criou esta página com o objetivo de esclarecer dúvidas relacionadas a cistos e nódulos renais.

Qual a diferença entre um nódulo e um cisto no rim?
O cisto renal é uma bolsa de líquido formada dentro do rim a partir dos túbulos renais (néfrons). Na grande maioria das vezes, o cisto renal é simples, ou seja, é apenas uma bolsa com conteúdo líquido em seu interior. Eventualmente, esses cistos podem apresentar espessamento da parede ou septos em seu interior, características que necessitam de uma avaliação mais detalhada devido ao aumento do risco de evolução para malignidade.
Já o nódulo renal é uma massa sólida, ou um tumor, que pode ser benigna ou maligna. A presença de um nódulo renal requer avaliação com especialista para melhor caracterizar a lesão e verificar a necessidade de tratamento cirúrgico.
Como saber se um cisto renal precisa ser operado?
É necessário avaliar o cisto renal quanto ao risco de desenvolver um tumor maligno em seu interior. Isso é feito utilizando-se exames de imagem, como a tomografia (método preferencial).
Caso o cisto tenha paredes finas e conteúdo líquido em seu interior (também chamado de "cisto simples"), trata-se de um cisto benigno e não é necessário realizar tratamento.
Atualmente, há uma classificação radiológica para os cistos renais, chamada Bosniak, que se baseia na espessura da parede dos cistos e na presença de septos (ou "traves") em seu interior. Essa classificação vai de I a IV. Quanto maior a classificação, maior o risco do cisto conter uma neoplasia maligna em seu interior. Atualmente, indica-se cirurgia para cistos Bosniak III e IV.

Cisto Renal Bosniak I ("Cisto Simples"): 0% de chances de neoplasia associada.

Cisto Renal Bosniak II: 0-5% de chances de neoplasia associada.

Cisto Renal Bosniak III: 50% de chances de neoplasia associada.

Cisto Renal Bosniak IV: >90% de chances de neoplasia associada.
Como saber se o nódulo precisa ser operado?
Na presença de um nódulo renal, é indicado realizar investigação adicional, pois deve-se considerar o nódulo como um tumor maligno até que se prove o contrário!
A investigação começa com a realização de exames de imagem. Atualmente, o exame de escolha para avaliar o risco de neoplasia é a tomografia computadorizada com contraste. Eventualmente, pode ser necessário realizar uma ressonância magnética do abdome ou até mesmo um ultrassom, pois são exames que podem trazer dados não disponíveis na tomografia.
A tecnologia avançada desses exames de imagem tem permitido definir com maior precisão se há necessidade de realizar remoção cirúrgica do nódulo renal.

Exame de tomografia computadorizada demonstrando um nódulo no rim (seta vermelha).
Existe a necessidade de realizar biópsia?
A biópsia do nódulo renal é um exame no qual um pequeno fragmento da lesão é retirado com uma agulha e enviado para análise em laboratório para determinar sua natureza. Atualmente, as diretrizes internacionais não têm recomendado a biópsia do nódulo renal pelos seguintes motivos:
-
Os exames de imagem são muito precisos em determinar a natureza da lesão.
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Não se trata de um procedimento isento de riscos. Há risco de sangramento, infecção e de "semeadura" de células neoplásicas no trajeto da agulha.
Atualmente, a biópsia é indicada apenas em casos em que será realizada terapia ablativa ou vigilância ativa (veja abaixo), além de suspeita de doença metastática.
Como é feita a cirurgia de retirada da lesão?
A cirurgia do nódulo renal é realizada através do abdômen, por técnica minimamente invasiva, como cirurgia laparoscópica ou robótica, em que apenas alguns pequenos furos são feitos no abdômen.
A tecnologia disponível atualmente nos permite realizar uma cirurgia em que apenas o nódulo renal é ressecado, procedimento chamado de nefrectomia parcial, preservando o restante do rim. A nefrectomia radical, que envolve a retirada total do rim, é reservada apenas para tumores muito grandes, nos quais a preservação do rim não é possível devido às características anatômicas do tumor.
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Existe outra opção de tratamento?
Sim, existem outras opções de tratamento para nódulos renais além da cirurgia.
Quando o nódulo renal é muito pequeno (geralmente menor que 2,0cm), é possível realizar o que chamamos de vigilância ativa. Nesse cenário, acompanhamos de perto o nódulo e seu crescimento, que na maioria das vezes é muito lento, com exames periódicos.
Outra opção de tratamento é a ablação percutânea. Neste procedimento, uma agulha é inserida através da pele até o tumor, e o tumor é destruído utilizando fontes de energia como radiofrequência ou crioterapia (congelamento). É importante ressaltar que estudos já demonstraram que há maior chances de recidiva do tumor com ablação percutânea, por isso trata-se de um tratamento para casos especiais, como idosos ou pessoas com doenças que impedem o tratamento cirúrgico.
Com quem investigar e tratar os nódulos e cistos renais?
O urologista é o especialista recomendado para iniciar o acompanhamento e tratamento dos cistos e nódulos de rim. Ele é o responsável por solicitar e avaliar todos os exames, definindo a melhor abordagem terapêutica, que pode incluir tratamento cirúrgico, ablação percutânea ou vigilância ativa.
O Dr. Hugo Octaviano não é apenas um urologista, mas também um uro-oncologista, com especialização em Uro-oncologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Ele se dedica a discutir detalhadamente com cada paciente os riscos e benefícios das diversas opções de tratamento, garantindo assim a escolha da terapia mais adequada para cada caso.
Se você ou alguém próximo a você foi diagnosticado com cisto ou nódulo de rim, não hesite em agendar uma consulta com o Dr. Hugo para uma avaliação abrangente. Você pode facilmente marcar um horário clicando no link do WhatsApp ao lado ou preenchendo nosso formulário de contato. Entraremos em contato com você o mais breve possível.
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Referências Bibliográficas
1 - Ljungberg B, Albiges L, Abu-Ghanem Y, Bedke J, Capitanio U, Dabestani S, Fernández-Pello S, Giles RH, Hofmann F, Hora M, Klatte T, Kuusk T, Lam TB, Marconi L, Powles T, Tahbaz R, Volpe A, Bex A. European Association of Urology Guidelines on Renal Cell Carcinoma: The 2022 Update. Eur Urol. 2022 Oct;82(4):399-410. doi: 10.1016/j.eururo.2022.03.006. Epub 2022 Mar 26. PMID: 35346519.
Dr. Hugo Octaviano
Formado em medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (RS) e residência médica em Urologia no Hospital Israelita Albert Einstein (SP), mesma instituição onde realizou Fellow (subespecialização) em Uro-Oncologia e Cirurgia Robótica.

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